quarta-feira, 28 de março de 2012

Discurso do Presidente do Concultura à Francis Meire, nova Diretora Presidente da Fundação Elias Mansour

Colegas conselheiros, caros visitantes e todos aqui presentes,

É com muita satisfação que esta presidência apresenta uma saudação a todos os presentes e em especial aos dois protagonistas dessa mudança no alto comando da FEM, mudança que embora não esperada, deve ser respeitada e considerada comum no campo da política em sua ânsia de se adequar ao que seus comandantes pensam ser o correto.
Sabemos que o último mandato da presidência da FEM iniciou-se com pelo menos quatro meses de atraso e teve que administrar as pendências que se acumularam, além do que, a reboque desse atraso as atividades do nosso Conselho de Cultura, exigiram grande esforço para que pudéssemos dar conta daquilo que foi programado e por lapso não executado no exercício da presidência anterior.
Significando, portanto que embora o edital de incentivo a cultura tenha saído só agora ao final do ano conseguimos implantar boa parte do que foi previsto para o plano estadual que culminou com o feito de termos nosso fundo de cultura funcionando, e o apoio que demos ao estabelecimento do sistema municipal de cultura, assessorando todos os municípios acreanos, como também apoiando o planejamento estratégico da FEM, além de uma série de trabalhos que dado o pouco tempo e pouco pessoal, podemos dizer que foi um ano de êxito perante o que nos propusemos.
Sobretudo por conta das mudanças operadas ao fim do último mandato no ano passado, que não foram acompanhadas pela diretoria do Conselho e por conta da desarticulação quanto à nova direção que perdurou além do necessário, esse Conselho também perdeu o mesmo tempo que a FEM, até porque ficaram vagas as cadeiras dos participantes governistas, o que impedia qualquer andamento até a nomeação e preenchimento dessas cadeiras, para que só então se procedesse a eleição, que ainda exigiu o tempo regimental, enfim a seguir, só com as muitas reuniões extraordinárias foi possível andar e poder cumprir o calendário proposto, a recuperar o tempo que havíamos perdido.
Na reunião do planejamento estratégico da FEM, esta presidência também fez seu planejamento estratégico, inclusive encaminhando através de ofício, suas necessidades materiais, de pessoal e de custos, para que o Conselho pudesse sair da esfera virtual, e iniciar o desempenho efetivo de seu papel. Essa reivindicação não pôde por algum motivo até o momento ser atendida, e tivemos que funcionar com sérios problemas estruturais, minimizado somente agora próximo ao final do ano, mas ainda só minimizado e ainda pendente.
Para o novo exercício neste ano de 2012, a esses problemas não resolvidos, serão acrescentados outros que é o previsto crescimento do número de conselheiros (para dar representação a todo o estado). Portanto, o espaço de reunião tornou-se pequeno e insuficiente, não temos ainda nosso material fixo e de expediente (computadores, gravadores, etc.) e, sobretudo essa “desatenção por parte do poder” é inoportuna e desmobilizante principalmente para a sociedade civil que assim se sente enfraquecida e desacreditada na possibilidade de sua  participação, pois muito se fala e pouco se faz, o que certamente influi na sua participação.  
Nesse contexto, há uma pequena vanguarda que sabe e conhece seus direitos e, sobretudo tem ciência de que o poder é uma conquista e não uma concessão de governo e que não se cria cidadania por decreto. Essa vanguarda, com o passar do tempo, vem decrescendo e sofrendo a perda ou evasão de importantes lideranças representativas e ao fim isso contribui para que se obtenha um conselho sem a qualidade que deveria, o que não é bom para seu despertar.
Essa presidência não só reconhece, como enaltece a importância da administração do Dirciney, um dos responsáveis inclusive pela eleição deste presidente, e de seu vice, o Assis e outros da sociedade governamental, que com o andar da carruagem deram mostras de conhecer e mudar sua opinião sobre a necessidade do Conselho, o que enalteceu sua importância e inclusive chegando a contribuir para que este pudesse desenvolver seu papel na cultura, também como representação de classe.
O Dirciney sai com o reconhecimento desse Conselho, e nós dessa pequena vanguarda e certamente de todo o Conselho, sabemos que muitas são as dificuldades para aqueles que o governo indica para administrar a cultura e que nem sempre podem dar a resposta que gostariam de dar, para que esta casa saia desse estágio e passe a contribuir efetivamente como deve e como manda nossa Constituição, auxiliando o Governo na administração da área cultural no Estado.  
Por outro lado minha amiga particular Francis Meire, se configura como uma escolha que atende não só aos políticos no poder, mas também aos que trabalham na área cultural, porque não só conhecem como é certo que reconhecem o trabalho e a militância da Bruxinha não só no teatro, mas em outras áreas da cultura, reunindo, portanto as qualidades que reputamos de extrema importância para o desempenho desse cargo, porque podemos afirmar que diante das demandas que se acumularam nesta última década, a cultura no Acre, capitaneadas pelas artes, o patrimônio histórico e a diversidade cultural apresentaram um retrocesso a que nós da cultura não deixamos de atestar, mas sem deixar de reconhecer os avanços verificados em outras áreas, sobretudo no que diz respeito a essa parte administrativa em que o Conselho dá visibilidade a abertura democrática que vem se verificando.
Tem, portanto o governo atual, neste seu segundo ano de mandato o dever de administrar uma dívida acumulada com a cultura acreana pelos governos anteriores, que não deve ser negligenciada e que nós desse Conselho estaremos à inteira disposição para contribuir e trabalhar junto, com propostas e com todas as condições que nos são asseguradas por lei, certos de que juntos estaremos lutando para que a cultura possa efetivamente contribuir com o desenvolvimento do nosso estado.Ao governo do estado eu gostaria de alertar que a presença do Conselho de Cultura é de tal importância que o Governo Federal não vacilou em colocá-lo como de essencial importância para a administração da cultura em qualquer área de suas esferas, não podendo ser negado a ele, as condições de que necessita para que efetivamente possa desenvolver-se e assim poder contribuir com o desenvolvimento da cultura no estado, ele é, portanto, o cérebro da Fundação de Cultura, e como tal deve ser prestigiado e até incentivado ao desempenho de seu importante papel, pelos artistas, pela população e pelo governo.     
Essa presidência apresenta, portanto as boas vindas à nova direção da FEM, desejando uma exitosa administração, se colocando desde já à inteira disposição para o que se fizer necessário, desejando, sobretudo, que se consolide e se reconheça cada vez mais o papel do Conselho no organograma da FEM, pois só assim, além da consciência da própria FEM, também o Conselho poderá assumir a consciência de seu papel junto aos trabalhadores da cultura, junto às instituições representadas, e principalmente junto ao cidadão acreano capaz de reconhecer a importância de qualquer área da cultura, em qualquer ponto do território acreano, ou mesmo fora dele.
          
Muito obrigado,

Dalmir Ferreira
Presidente Concultura