domingo, 29 de novembro de 2009

1º Fórum Estadual Setorial de Música do ano de 2009







Em homenagem ao dia da música, comemorado no Brasil no dia 22 de novembro, o Conselho Estadual de Cultura, a Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour, a Fundação Garibaldi Brasil e a Câmara Temática de Música de Rio Branco planejaram várias atividades culturais e políticas durante os dias 23 a 29 de novembro, denominados de “Semana da Música”.



Dentre as atividades culturais, fizeram parte da programação a Festa da Consciência Negra na Rua da África; o encerramento do Projeto Cultura no Mercado, no calçadão do Novo Mercado Velho; apresentação da Orquestra Filarmônica do Acre, no Teatro Plácido de Castro; Acústico em Som Maior, no Theatro Hélio Melo; Projeto Senadinho, em frente ao Palácio das Secretarias; Shows com artísticas locais; dentre outros.


A mais importante atividade política foi a realização do 1º Reunião Fórum Estadual Setorial de Música do ano, que congregou músicos, gestores culturais, empresários do ramo e simpatizantes da musica de modo geral, com o fim de debater vários assuntos que envolvem a música no Acre.


A Primeira Reunião do Fórum Setorial Estadual de Música do ano foi convocada pelo presidente do ConCultura por meio do Edital nº 02\2009, datado em 13 de novembro de 2009, decisão essa aprovada pelo plenário, conforme Regimento Interno (Art.º 12, XXII) e prevista na Minuta de Projeto de Lei do Sistema Estadual de Cultura aprovada na II Conferência Estadual de Cultura.


O Fórum aconteceu nos dias 26 a 28 de novembro, no auditório do Teatro de Arena do SESC – Centro (Rio Branco) e contou com a participação de todos os interessados em discutir políticas públicas para o segmento, conforme a lista de presença em anexo. Ao final do evento, foram eleitos os novos representantes do ConCultura – conselheiros titular e suplente da cadeira de musica.


No dia 26, das 18h às 18h30 aconteceu o credenciamento e, logo em seguida, às 19 horas, o Fórum foi iniciado com a leitura da programação e a composição da mesa de abertura pelos senhores Lenine Alencar, presidente do ConCultura; Daniel Sant’Ana, diretor-presidente da FEM; Nicácio Pereira (o Pereirinha), representante do Conselho Municipal de Cultura; Eurilinda Figueiredo, representante da FGB e Lígia Ribeiro, representante da Secretaria Municipal de Educação (SEE). Após a fala de cada autoridade, aconteceu a formalização da criação da Rede Acreana de Cultura, através da assinatura da Carta de Princípios pelos representantes do IPHAN, FEM, FGB, SESC, SEBRAE e SESI. Para constar, o documento vai anexado ao relatório. Depois, teve início o primeiro debate, cujo tema foi O Mercado de Música no Acre.


No dia 27, aconteceram as outras três mesas de discussão previstas: A Educação Musical no Acre (8h às 11h); Criação e Difusão Musical no Acre (13h às 16h) e A Organização dos Músicos no Acre (16h às 19h30). E no dia 28, aconteceu a assembléia que elegeu os novos representantes do segmento no Concultura.






MESA 1: O MERCADO DE MÚSICA NO ACRE



Proposta 1: Que a Secretaria Estadual e Municipal de Comunicação se comprometesse com os artistas locais, a fim de valorizar o produto cultural acreano através de maior divulgação.


Proposta 2: Criação de um espaço público para ensaios.


Proposta 3: Que o governo se comprometa com os músicos locais fazendo circular o produto musical nos meios públicos e privados de comunicação.


Proposta 4: Que o Estado garanta a difusão do artista acreano em todos os municípios.


Proposta 5: Que o Governo priorize em todo o Estado as políticas públicas de inclusão à cultura em áreas de risco.


Proposta 6: Criação de um Studio Coletivo e de um Museu da Imagem do Som.


Proposta 7: Que a cooperativa firme parcerias com a iniciativa privada a fim de facilitar a divulgação do produto musical do artista acreana.







MESA 2: A EDUCAÇÃO MUSICAL NO ACRE


Proposta 1: que o Estado do Acre firme parcerias com as escolas particulares de música a fim de professores e monitores visitem escolas e por meio de palestras e outros incentivem às crianças e adolescentes ao gosto pela música.


Proposta 2: que o poder público antes de adquirir instrumentos específicos para o ensino de música consultasse previamente os profissionais da área.


Proposta 3: criação de uma Rede Estadual de Educação Musical com o objetivo de fomentar o dialogo entre as escolas de música, e entre elas e a comunidade.


Proposta 4: criação de uma Rede Acreana de Música com instituições e profissionais ligados ao respectivo segmento com o objetivo de garantir a interação e a troca de experiência, dentre outros. Sugeriu que essa proposta fosse unida à anterior.


Proposta 5: criar uma comissão a fim de cobrar à COPEVE à criação de uma prova de conhecimentos específicos para o vestibular para o Curso de Música.




MESA 3: CRIAÇÃO E DIFUSÃO MUSICAL NO ACRE



Proposta 1: criação de um espaço público para shows e treinos. Tal ponto cultural deveria ter local acessível que comportasse uma quantidade de pessoas considerável e que fosse coberto.


Proposta 2: criação de um studio público que possibilitasse à população ter acesso aos registros fonográficos das bandas, além de servir como gravadora para estimular o surgimento e o fortalecimento das bandas.



Proposta 3: criação de um espaço específico para experimentações musicais, ou seja, um local em que a divulgação fonográfica acontecesse sem muitos critérios qualitativos. Um “demos”.


Proposta 4: a instalação de fato do Comitê de Programação criado de direito via Decreto Estadual Nº 2.097, de 11 de maio de 2000.


Proposta 5: que os Governos Municipais e Estadual se comprometam em fazer circular a produção musical acreana através dos meios públicos de comunicação, blogs, sites etc.



Proposta 6: Criação de um programa de TV que divulgue os artistas locais em todo o Estado, a exemplo do programa de Rolando Boldrin.


Proposta 7: criação de um Museu de Imagem e do Som.



Proposta 8: criação de um dia específico na expoacre para os músicos locais.


Proposta 9: Que o FAMP seja estadual de fato, através de etapas regionais. E que seja realizado em período que o acesso via terrestre seja garantido. Que o FAMP entre para o calendário cultural permanente do Estado, independente do governo.



Proposta 10: retorno do festival do Amapá, com perfil municipalizado. Proposta para entrar para o calendário cultural do estado. Seja garantida em lei. Independente do governo. Resgatar a história do festival, valorizando a diversidade de estilos. Valorizando os artistas do passado.





MESA 4: A ORGANIZAÇÃO DOS MÚSICOS NO ACRE



Proposta 1: criação de previdência, planos de saúde e aposentadoria para os profissionais da música.



Proposta 2: criação da carteira de música que garanta além de outros benefícios, a gratuidade em shows.


Proposta 3: criação de uma tabela única de cachês em shows e apresentações em casas noturnas.


Proposta 4: simplificação dos editais da Lei de Incentivo.



Proposta 5: reativação da Associação dos Músicos.



Proposta 6: criação do Sindicato dos Músicos do Acre.


Proposta 7: campanha de filiação dos músicos à cooperativa.


Proposta 8: que os músicos do Acre tenham acesso à carteira de registro da OMB.


Proposta 9: indicação de um representante da OMB no Acre.



Proposta 10: lutar pelo reconhecimento da atividade de músico.


Proposta 11: que todos os proponentes dos Editais das Leis de Incentivo tenham acesso livre a qualquer projeto, os aprovados e os reprovados. Além do acesso aos pareceres dados.

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